Realizado a cada três anos pela OCDE, o Pisa é um estudo comparativo internacional que avalia os conhecimentos e as habilidades em matemática, leitura e ciências dos estudantes na faixa etária de 15 anos.
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Impacto da Pandemia no Pisa 2022
Em decorrência da pandemia de Covid-19, os países-membros e associados da OCDE optaram por adiar a avaliação do Pisa 2021 para 2022 e a do Pisa 2024 para 2025.
A pandemia de Covid-19 teve impacto na queda das médias do Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa) 2022, algo esperado pelos especialistas. Ademais, a crise sanitária não pode ser a única responsável pelo baixo desempenho em matemática, leitura e ciências, especialmente nos países que já enfrentavam desafios consideráveis em edições anteriores do Pisa.
Desempenho Brasileiro e Comparativo com a OCDE
As médias brasileiras de 2022 praticamente igualaram as de 2018 nas três disciplinas. Apesar de a média da OCDE nessa edição ser a menor de toda a série histórica desde 2000, os estudantes brasileiros obtiveram pontuações inferiores a ela em matemática, leitura e ciências.
Análise de Especialistas: Causas e Reflexos
O educador Mozart Neves Ramos, ex-secretário de Educação de Pernambuco e titular da Cátedra Sérgio Henrique Ferreira, destaca a importância de compreender o cenário geral dessa pesquisa, divulgada recentemente.
Experiências de Sucesso: Replicabilidade Necessária
Ainda segundo o ex-secretário da Educação, é crucial replicar modelos de sucesso, como os municípios de Sobral (CE), Coruripe (AL) e Cocal dos Altos (PI), que apresentam resultados excepcionais nos índices de avaliação. Mozart Neves destaca também a necessidade de investimento na formação de professores e diretores escolares.
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Necessidade de Investimento: Formação e Direção Escolar
“Nossos cursos são predominantemente teóricos e oferecem pouca formação prática para os futuros professores. Além disso, a maioria dos diretores é selecionada por questões políticas, quando deveria haver critérios técnicos. O financiamento triplicou desde os anos 2000, porém, a educação não evoluiu na mesma medida”, concluiu.
Educação a Longo Prazo: Visão Estrutural
Natália Fregonesi, analista de Políticas Educacionais do Todos pela Educação, enfatiza a necessidade de o Brasil criar uma agenda sistêmica e de longo prazo para a Educação.
Fundamentos Iniciais: Investimento desde a Infância
Em 2022, o desempenho médio brasileiro em matemática foi de 379 pontos, inferior ao do Chile (412), Uruguai (409) e Peru (391). Não houve diferença estatisticamente significativa entre a média do Brasil e a da Colômbia (383) e da Argentina (379). Entretanto, dos estudantes brasileiros, 73% apresentaram baixo desempenho em matemática (abaixo do nível 2), padrão mínimo da OCDE para plena cidadania. Enquanto entre os países-membros, apenas 1% atingiu alto desempenho em matemática (nível 5 ou superior).
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