A UFMG está, a princípio, na vanguarda de uma discussão crucial: a implementação de um processo seletivo seriado para ingresso na graduação, com o propósito de aprimorar o acesso dos estudantes à universidade. O debate, conduzido por Grupo de Trabalho (GT), já realizou três audiências e se prepara para a quarta, agendada para esta terça-feira, dia 5, com representantes da educação básica.
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Principais Pontos Discutidos
- Novo método de ingresso: O processo seletivo seriado avaliará candidatos ao longo de três anos, a fim de que a soma das notas das provas aplicadas possa possibilitar a inclusão de alunos do EJA e aqueles que concluíram o ensino médio há mais tempo.
- Coexistência de processos: A proposta visa complementar o modelo atual (Enem/Sisu), destinando uma parcela de vagas ao processo seriado, mantendo, com toda a certeza, total adesão à Lei de Cotas.
- Benefícios da dobradinha Enem-Sisu: Essa abordagem consolidou-se na última década, reduzindo custos, democratizando o acesso e fomentando uma educação interdisciplinar contextualizada, acima de tudo.
Perspectivas e Limitações
Apesar disso, o debate revelou alguns gargalos do sistema Enem/Sisu, como a aplicação da Teoria de Resposta ao Item (TRI), que, apesar de comparar provas, pode ser controversa ao avaliar individualmente os candidatos.
A proposta de avaliação seriada busca evitar essas limitações. Isto mantendo, desde já, a essência de contexto das provas do Enem, mas com menor duração e foco em questões discursivas, com foco em leitura e a reflexão.
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O Futuro da Graduação
Se aprovada, a implantação ocorre gradualmente a partir de dezembro de 2024, a fim de que se aprimore o ingresso na universidade e se garanta a permanência dos estudantes, principalmente.
Avaliação e Operacionalização
Questões logísticas, produção de questões e admissão inclusiva são pontos discutidos para tornar o processo acessível a todos. A Universidade pretende aplicar as provas em diferentes regiões de Minas Gerais, garantindo, de antemão, maior abrangência.
A UFMG busca um modelo mais equitativo. Isto destinando inicialmente 30% das vagas ao processo seriado e 70% ao Enem/Sisu, com o propósito de chegar a uma divisão igualitária.
A perspectiva é clara: garantir um processo seletivo que promova uma avaliação mais holística e inclusiva, estimulando a permanência e escolhas mais conscientes dos estudantes.
Este é um momento essencial para repensar o acesso à educação superior. A UFMG, por meio desse debate, almeja um sistema que não só avalie, mas promova a formação integral dos futuros graduandos, como resultado.
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